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Conselho Tutelar do Uiramutã suspende atendimentos presenciais por falta de infraestrutura

Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) informou que um procedimento foi aberto para apurar os fatos e prefeitura já foi notificada para apresentar in...

Conselho Tutelar do Uiramutã suspende atendimentos presenciais por falta de infraestrutura
Conselho Tutelar do Uiramutã suspende atendimentos presenciais por falta de infraestrutura (Foto: Reprodução)

Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) informou que um procedimento foi aberto para apurar os fatos e prefeitura já foi notificada para apresentar informações sobre a situação. Atendimentos estão paralisados desde o início do mês. Conselho Tutelar do Uiramutã suspende atendimentos presenciais por falta de infraestrutura O Conselho Tutelar de Uiramutã, ao Norte de Roraima, suspendeu os atendimentos presenciais devido à problemas de infraestrutura no prédio onde funciona a unidade. Imagens exibidas pela Rede Amazônica nessa quinta-feira (12) mostram a precariedade das instalações, com fiação exposta, rampas danificadas, ventiladores queimados, falta de climatização, problemas elétricos e sanitários. 📲 Receba as notícias do g1 Roraima no WhatsApp A medida foi tomada em reunião ordinária em 30 de maio e os serviços estão suspensos desde o início do mês. Em um dos vídeos, um funcionário mostra os buracos na rampa de acesso ao prédio e na garagem, o que, segundo os relatos, dificulta o trânsito de veículos e o deslocamento de pessoas com deficiência. O prédio, localizado no centro da sede do município, funciona em um imóvel cedido, que, conforme os profissionais, não oferece condições para os atendimentos à comunidade nem para a permanência dos servidores no local. "Acreditamos nós, que já foi esgotado todos os nossos recursos, o diálogo, a gente está tentando mostrar até os pontos importantes apenas do nosso ambiente de trabalho. Nós estamos vulneráveis em todas as situações, não só na questão do clima, mas também na questão acústica", relata Raimundo de Moura, conselheiro tutelar. O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) informou que um procedimento foi aberto para apurar os fatos e prefeitura já foi notificada para apresentar informações sobre a situação da estrutura física do Conselho Tutelar .Procurada, a prefeitura de Uiramutã não se pronunciou o assunto. Diante da situação, os conselheiros decidiram suspender os atendimentos presenciais. A medida está oficializada em um documento enviado à prefeitura, ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, ao Ministério Público e à Câmara Municipal de Uiramutã. Entre os problemas listados estão: Fiação exposta; Rampas deterioradas; Falta de climatização; Instalações elétricas comprometidas; Condições sanitárias precárias. No documento, o órgão cita que as condições atuais da sede ferem diretamente o princípio da proteção integral previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Constituição Federal. Sede do Conselho Tutelar, em Uiramutã Reprodução Na gravação, também é possível ver a sala de recepção, com fiação espalhada pelas mesas e pelo chão. O prédio não tem forro ou sistema de climatização em salas do prédio. Em outro trecho, é possível ver que o banheiro do local não possui estrutura adequada para uso; as paredes têm rachaduras, que prejudicam a privacidade. Segundo os conselheiros, os problemas foram denunciados à prefeitura de Uiramutã anteriormente, mas nunca houve retorno. Em 28 de março, o Conselho Tutelar também protocolou pedido de apoio para construção de sede própria, citando a existência de terreno reservado sem documentação oficial de cessão e informando ter sido apresentado um projeto de obra pela prefeitura. "[Nosso prédio] está numa situação precária ao extremo e dificulta o nosso atendimento e acolhimento de criança e adolescente em situação de risco. Infelizmente não fomos respondidos ou não foi feito nada até o momento. A gente pede ajuda para que eles possam melhorar a situação do nosso conselho", aponta Fábio de Souza, conselheiro tutelar Apesar da suspensão presencial, os atendimentos seguem de forma remota. Os conselheiros pedem providências urgentes da gestão municipal. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.